Novidade

Novidade:

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Poeta-falsidade

Nos confins do subúrbio
Está o poeta-depressivo:
Amor, cotidiano, felicidade,
São temas do seu coloquialismo,
Mas ao acabar um poema chora,
Da sua vida, do mundo, de todos,
Deita nas teclas do piano sofredor,
Com flores amarelas em memória da solidão.

Na loucura do centro da cidade
Está o poeta-pseudodepressão:
Morte, tédio, cansaço,
São tópicos dos seus versos brancos,
Mas ao acabar um poema brinda,
Vinho, uísque, a amizade,
Deita no Futurismo vivido,
Na memória dos descartáveis que vêm e que vão.

No isolamento do desconhecido
Está o poema-emergente:
Amor, morte, coisas simplórias
São o resumo de seus versos metrificados,
Mas ao acabar um poema o apaga,
Lê parnasianos, neoclássicos, romancistas,
Deita na matemática poética,
(Ainda tem muita falsidade para aprender).

Nenhum comentário:

Postar um comentário