Novidade

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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Silêncio

E só havia o nada.
Não era tudo negro, pelo contrário:
Era um absurdo alvo.
Em uma confusão de direção,
Não havia destino, nem memórias:
Era tudo a mesma silenciosa brancura.
O silêncio foi quebrado com um "alguém?",
O resumo da melancolia do mundo.
Não houve eco.
Só houve o mesmo todo-nada, o silêncio branco,
Que pediam e em se perdiam todos.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Churrasco no Limbo

Em mais um carnaval da eternidade
As covas perderam seus conteúdos.
O Limbo foi escolhido por seu um lugar tranquilo
Para o festejo dos célebres jazidos.

Machado, anfitrião, vendo que escrever no transcendental
Não é tao interessante quanto parece,
Fez um churrasco além época e língua:
Chamou Nero para comandar a grelha;
Elvis para supervisionar os sanitários;
Bilac para servir a carne, em travessas de ouro;
Jobim e Janis faziam a trilha sonora,
Cantando clássicos dos que ainda não se eternizaram;
Napoleão ficou na porta, recepcionando os convidados:
Nem Lennon nem nenhum inglês pode entrar.

Houve muita festa, muita música, muita carne e bebida,
Só teve uma querela:
Quem seria o próximo anfitrião.
Decidiram com unanimidade:
O próximo que os acompanhasse na eternidade
Organizaria a confraternização,
Mas que fosse rápido,
Porque estar morto é entediante.