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sábado, 15 de junho de 2013

Choveu

E eu, no meu espaço fechado,
Não vi a chuva desse inverno seco e triste
Que passou por minutos lá fora.
Só eu não vi a chuva.

E, quando fui desvendar a rotina,
Notei algo estranho:
As pessoas estavam menos ranzinzas
E até esboçavam um falso sorriso de esperança,
Nos pontos de ônibus, nas praças.
Estavam encolhidas de frio, de sono:
Aconchegadas.
Vi menos ego, menos poluição,
O azul do fim de tarde era mais intenso, reflexivo.
E assim todas foram indo.

Só eu não senti a chuva.

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