No bar o andarilho faz seu negócio
Vagando em seus monólogos não lineares,
Com a vida e a bebida como sócios,
Distribuindo olhares pelos bares que esteve a passar.
Sempre lhe diziam que a vida era má,
Até que ela fez uma grande proeza:
Na cabeça veio um si, depois um fá,
E nascia a grande riqueza na cabeça do sócio do bar.
O andarilho, com o instrumento na mão,
Na chuva, começou o improviso da bela canção,
Que faria um dia todos esses pagãos
Louvarem o São Bardo que iriam canonizar.
Mas a bebida ainda o consumia,
E ele a consumiu até cair na avenida.
E a música bela que a todos tocaria,
O mundo a conheceria, o sucesso seria,
Virou a melodia fúnebre do bardo
Que,onde quer que esteja, está livre a cantar.
(quem lhe dizia que a vida era má se enganou)
Nenhum comentário:
Postar um comentário